Entre o final de 1966 e o início de 1967, Dom Francisco Borja do Amaral, terceiro bispo de Taubaté, criou três paróquias na cidade que é a sede da Diocese: Paróquia do Menino Jesus, Paróquia de São José Operário e Paróquia Nossa Senhora Mãe da Igreja. As celebrações de instalação das novas paróquias e posse dos primeiros párocos ocorreram em fevereiro de 1967.
Assim, Dom Francisco prosseguia a expansão da presença da Igreja na cidade de Taubaté, cujo crescimento se fazia notar, sobretudo, pelo aumento do número de operários nos bairros que se desenvolviam ao redor do centro histórico. Ao mesmo tempo, o bispo fazia, conforme seu desejo, uma homenagem à Sagrada Família, dando seus três integrantes como padroeiros das três novas paróquias.
Passaram-se cinquenta anos. As três paróquias cresceram e hoje situam-se entre as maiores da cidade (que também cresceu e mudou bastante nesse meio século de história).
No início do corrente ano, elas celebraram seus Jubileus de Ouro. Foram momentos de grande alegria, marcados pela participação entusiasmada do povo de Deus. Verdadeiras celebrações de ação de graças, os Jubileus marcaram a vida dos atuais paroquianos e, por isso, são aqui registrados ao lado de alguns resgates históricos sobre cada uma delas.
Paróquia Nossa Senhora Mãe da Igreja
A Paróquia da Estiva, que abriga, também, em sua Igreja Matriz, o Santuário São Benedito, foi instalada no dia 12 de fevereiro de 1967. O dia festivo, que foi divulgado no programa elaborado na ocasião como o “dia da posse” começou com repique festivo dos sinos da Matriz às doze horas, queima de fogos e música pelo “Serviço Paroquial de Alto Falantes” (sic).
Mais tarde, por volta de quatro e meia da tarde, o vigário (assim era chamado o pároco), Pe. Benedito Gil Claro, foi recepcionado pelo povo e organizações paroquiais que haviam se concentrado “no início da Rua Dona Izaltina Ribeiro, em frente ao prédio nº 15”, segundo constava no programa. Ao som dos acordes da Corporação Musical da Estiva e sob uma queima de fogos, Pe. Gil, tendo recebido as chaves da Paróquia das mãos do presidente da Comissão, iniciou o percurso a pé até a Matriz, “acompanhado do povo e dos paraninfos, Vereador Alberto Gomes e sua exma. esposa”.
A chegada de Dom Francisco ocorreu às dezesseis horas e quarenta e cinco minutos. Após as formalidades da posse do primeiro pároco, o bispo assistiu a Santa Missa celebrada por aquele. Ao término, houve, ainda, homenagem ao “vigário empossado” na praça Frei Vicente.
Ao longo desses cinquenta anos, a Paróquia Nossa Senhora Mãe da Igreja teve como párocos: Pe. Benedito Gil Claro, diocesano (o primeiro); Pe. Armindo Antonio Kunz, scj; Pe. Giovani Pontes, scj; Pe. Emerson Marcelo Ruiz, scj; Pe. Aparecido Octaviano Pinto da Silva, scj (o atual, que está nesta função desde 14 de fevereiro de 2012, auxiliando-o, atualmente, como vigário paroquial, o Pe. Lotívio Antonio Finger, scj).
Hoje, a Paróquia tem sua Matriz num grande templo, de arquitetura moderna que chama a atenção pela sua beleza e originalidade. São comunidades da Paróquia, além da Matriz: São Geraldo Magela, Santa Cruz, Cristo Rei, Santa Fé, Menino Jesus de Praga, São José e Santa Isabel.
Bastante ativa, a Paróquia conta hoje com diversas pastorais: Acolhida, Adolescentes, Batismo, Catequética, Coroinhas, Criança, Dízimo, Familiar, Fé e Cidadania, Litúrgica, Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão Eucarística, Ministros das Exéquias, PASCOM (Pastoral da Comunicação), Saúde, Setor Juventude, Setores, SAV (Serviço de Animação Vocacional) e Sobriedade. Há também os seguintes Movimentos: Apostolado da Oração, Leigos dehonianos, Mãe Rainha, RCC, Vicentinos, Terço dos homens e Zeladores do Santíssimo Sacramento.
A celebração do Jubileu de Ouro foi marcada por uma novena que antecedeu o dia 12 de fevereiro. No mesmo período, a Paróquia recebeu a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida, por ocasião da celebração dos 300 anos do encontro da mesma. O dia 12 de fevereiro foi marcado pela celebração de duas missas solenes, uma de manhã e outra de noite, com a presença de Dom Wilson Luís Angotti Filho, bispo diocesano, na missa da noite.
Paróquia de São José Operário
No decreto de criação, Dom Francisco anunciava que o território da nova paróquia se desmembrava do “Curato da Catedral de São Francisco das Chagas e da Paróquia da Santíssima Trindade, na Vila das Graças”. Após sua criação, a Paróquia teve como sua primeira sede a “Matriz da Medalha Milagrosa”, mais precisamente a capela do Externato Santa Luiza de Marillac, estabelecimento de ensino existente ainda hoje na Avenida Faria Lima (então chamada Rua Cavarucanguera).
A posse do primeiro pároco, Pe. Hugo Bertonazzi, ocorreu em 26 de fevereiro de 1967, embora o mesmo tenha prestado seu juramento de fidelidade perante o bispo no dia 31 de janeiro daquele ano. Historicamente, a Paróquia sempre celebrou seu aniversário em 26 de fevereiro.
Criada para favorecer, especialmente, os operários, a Paróquia teve a pedra fundamental da futura Igreja Matriz abençoada por Dom Francisco naquele mesmo ano, na primeira festa do Padroeiro, a 1º de maio. Iniciaram-se as obras com a ajuda do povo. Em maio de 1969, as missas dominicais passaram a ser celebradas no que hoje é o Salão ao lado da Matriz atual, cuja construção foi iniciada em 1975 pelo Pe. José Bendito Leite (Pe. Leite) com os tijolos que já haviam sido comprados pelo Padre Hugo. A primeira missa da atual Igreja Matriz foi celebrada no último sábado de março de 1979, já no paroquiato do Pe. Geraldo Carlos da Silva.
Durante sua história cinquentenária, a Paróquia de São José Operário foi confiada aos cuidados de vários sacerdotes: Pe Hugo Bertonazzi, Monsenhor João M. Raimundo da Silva, Pe. João Pelágio de Freitas, Pe. José Benedito Leite, Pe. Geraldo Carlos da Silva, Pe. Roberto Hidalgo de Araújo, Pe. João Leopoldo da Silva, Padre Frederico Meirelles Ribeiro, Cônego Gaetano Tarquizio Bonomi e Pe. Luís Lobato dos Santos. No próximo dia 4 de julho, assumirá como administrador paroquial o Pe. Rafael Tiago dos Santos.
A celebração do Jubileu de Ouro foi marcada pela realização de Missas a cada mês, sempre no dia 19, desde junho de 2016 e encerrando-se agora em junho (perfazendo um ano jubilar). Além disso, no dia 31 de janeiro passado, Dom Wilson celebrou uma das duas missas festivas do Jubileu (a outra foi no dia 26 de fevereiro). Um jantar comemorativo aconteceu em 24 de fevereiro, sendo promovido para confraternização dos paroquianos.
Paróquia do Menino Jesus
A Capela do Imaculado Coração de Maria, localizada no bairro Independência, foi elevada à condição de Paróquia por um decreto de Dom Francisco assinado no Natal de 1966. O primeiro pároco foi o Padre João Leopoldo de Almeida, empossado em 19 de fevereiro de 1967.
Quando a Paróquia celebrou o Jubileu de Prata, em 1991, foi lançada a pedra fundamental, em 4 de agosto, para a construção da atual Igreja Matriz.
Em seu meio século de história, a Paróquia do Menino Jesus esteve sob os cuidados dos seguintes padres: Pe. João Leopoldo de Almeida; Pe. Libânio Cicuto, msj; Pe. Arcemírio Leôncio Carvalho, msj; Pe. José Vicente; Pe. Ronaldo José de Castro Neto, msj; Pe. José Judas Tadeu Rebelato, msj; Pe. Carlos Enrique Santos Silva, msj; Pe. Vicente Paulo Moreira Borges, msj; Pe. Renato Marques Silva, msj e Pe. Aléscio Aparecido Bombonatti, msj (atual pároco, exercendo a função desde 2015).
A celebração do Jubileu de Ouro foi iniciada no dia 02 de fevereiro de 2016, data que marcou o início de um ano jubilar. No encerramento deste período, a Paróquia promoveu um trezenário jubilar entre os dias 23 de janeiro e 4 de fevereiro do corrente. O dia jubilar foi celebrado em 5 de fevereiro. A programação constou de missa presidida por pelo bispo diocesano às 8 horas e outra missa e procissão às 19 horas.
Além disso, houve diversas atividades sociais para marcar as comemorações: almoços comemorativos, apresentações culturais e musicais, passeio ciclístico, exposição alusiva à história dos 50 anos com fotos, objetos e documentos, show pirotécnico etc. Ao final da última missa do dia 5, toda a assembleia foi convidada a se servir de um bolo comemorativo.
Fonte: Jornal Lábaro.